Professores municipais mantêm greve após assembléia nesta sexta.



Os professores municipais decidiram, em assembléia nesta sexta-feira, manter a greve. O grupo ocupa a Câmara de Vereadores do Rio. Por volta de 12h30, cerca de 600 manifestantes interditavam as ruas Evaristo da Veiga e Alcindo Guanabara, entre o Amarelinho e a Câmara Municipal. A direção do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ) informou, no início da tarde desta sexta-feira, que está formando uma comissão que irá até a sede da prefeitura para tentar uma audiência com o prefeito Eduardo Paes.

Segundo o Sepe, 160 pessoas passaram a noite no plenário da Casa. Mais cedo, apenas cerca de 50 permaneciam no interior do prédio. Nesta manhã, a direção da Câmara cancelou as atividades que seriam realizadas na Casa. Estavam programadas uma audiência pública para discutir remoções e também uma solenidade, não divulgada. A presidência da Câmara divulgará uma nota anunciado quais as providências serão tomadas em relação à ocupação do plenário pelos professores em greve.

O grupo é contra o plano de cargos e salários da categoria, assinado pelo prefeito Eduardo Paes na última quarta-feira. Nesta quinta, após interrupção da sessão que votaria o plano, uma nova sessão foi marcada para a próxima terça-feira. No entanto, para a coordenadora do Sepe, Gesa Correia, não há previsão para o encerramento da greve. Ela afirmou que "na assembléia de terça-feira não será discutida a greve, que permanece por tempo indeterminado". A coordenadora destaca que a discussão será baseada nas emendas apresentadas ao plano de cargos e salários da categoria, que de acordo com Gesa, serão entregues para análise pelo líder do governo, Luiz Antônio Guaraná (PMDB).

O presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), concedeu entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira, no Palácio Pedro Ernesto, e afirmou que a sessão será ainda em regime de urgência, e o projeto de lei poderá ser aprovado no mesmo dia. O presidente disse que a Câmara é a casa do povo e que não pretende tirar os docentes do local à força. O líder do governo, Luiz Guaraná (PMDB), se reuniu com representantes do Sepe para explicar as propostas do governo. A coordenadora do sindicato, Gesa Linhares, por sua vez, disse que se o projeto não for retirado de pauta a categoria irá manter a greve.

Durante toda a tarde desta quinta-feira, o clima foi tenso dentro e fora da Câmara de Vereadores do Rio. Dentro da Casa, o presidente Jorge Felippe (PMDB) foi obrigado a interromper a sessão que estava sendo realizada porque o plenário foi tomado por cerca de 300 professores que ocupavam as galerias em protesto contra a votação do texto do novo plano.

Já na área externa, cerca de mil pessoas participaram da manifestação em frente as escadarias do Palácio Pedro Ernesto e a Polícia Militar fez um cordão de isolamento para que apenas a imprensa e os funcionários da Câmara entrassem no Palácio Pedro Ernesto.

Por volta das 15h, um militar que fazia a segurança da Câmara passou mal e se dirigiu ao posto médico da Casa. Ele carregava uma bomba de gás lacrimogênio e, acidentalmente, acabou soltando a bomba, que estourou no local. Não houve grandes problemas, e a situação foi normalizada.

Reunião das comissões também tem nova data

Causadora de confusões, a reunião de quatro comissões que deu parecer favorável ao novo projeto de lei na última segunda-feira, foi cancelada pelo presidente Jorge Felippe e uma nova será realizada na próxima segunda-feira, entre 17h e 17h30m. O encontro teve de ser cancelado pois o vereador Jefferson Moura (Psol) entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça pedindo o cancelamento da votação do plano de cargos e salários dos professores. Jefferson alega que a reunião das quatro comissões, na verdade, não foi realizada.

No pedido encaminhado à Justiça, Jefferson está anexando fotos que mostram os vereadores Prof. Uóston e Thiago K. Ribeiro, da base do governo, em um encontro com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), realizado na mesma hora da reunião das comissões em que os vereadores são integrantes.

O pedido do vereador Jefferson Moura se deve a uma manobra política que mexeu com os bastidores da Câmara do Rio nesta quinta-feira. Após o próprio vereador ter denunciado que o horário da reunião de representantes de quatro comissões para dar aval ao plano, realizada na segunda-feira, foi publicado nesta quarta em desacordo com o Regimento da Casa, uma nova publicação foi feita no Diário Oficial desta quinta, com um novo horário.

Fonte: O Globo

Quando essa novela da prefeitura municipal vai acabar!!! Os professores não estão pedindo esmolas, só estão querendo um pouco de dignidade à uma classe, que forma e educa nossos jovens ao futuro profissional. DIGNIDADE AOS PROFESSORES JÁ!