Professores protestam no plenário da Câmara de Vereadores.

Sindicato afirma que líder do governo havia se comprometido a discutir plano de cargos e salários.


Há mais de uma hora e meia ocupando o plenário da Câmara de Vereadores após o cancelamento da sessão por falta de quórum, um grupo de cerca de 70 professores ainda não tem previsão de deixar o local. O vereador Luiz Carlos Ramos, da base do governo, tenta negociar a retirada, porém ainda não conseguiu acesso. A informação é de que um grupo de vereadores está reunido com representantes do governo nesta tarde para avaliar uma série de emendas ao plano de cargos e salários da categoria. A ocupação segue pacífica.
O grupo ocupa as duas galerias do plenário da Câmara de Vereadores, no Centro da cidade, e gritam palavras de ordem contra o prefeito Eduardo Paes. A manifestação seria uma resposta ao não comparecimento à Câmara do líder do governo, vereador Luiz Antonio Guaraná (PMDB). Segundo representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), Guaraná teria se comprometido a ir nesta terça no Legislativo para discutir o plano de cargos e salários da categoria.

Além dos professores que ocupam o plenário, há um grupo grande de docentes do lado de fora da Casa. Nesta segunda-feira, a prefeitura informou, por meio de nota, que não negocia mais com o Sepe-RJ enquanto a categoria mantiver a greve.

Desconto de salário

A Secretaria estadual de Educação informou nesta terça-feira que vai descontar os dias não trabalhados dos professores da rede estadual de ensino que aderiram a greve. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio manteve a liminar que declarou ilegal a greve dos professores da rede estadual, e também foi derrubada outra liminar que impedia o governo de punir os grevistas com o corte de ponto. O desconto do salários valerá, segundo a secretaria, a partir da publicação do acórdão pelo Tribunal de Justiça, o que deve acontecer nesta quarta-feira. O Sindicato Estadual dos Professores (Sepe) entrará com recurso contra as decisões.


Fonte: O Globo