Vereadores fazem manobra para votação do plano de cargos e salários dos professores.

Oposição vai cobrar explicações do presidente da Câmara


Uma manobra política está mexendo com os bastidores da Câmara do Rio na manhã desta quinta-feira, dia em que a base do governo pretende votar a nova versão do plano de cargos e salários dos professores. Após o vereador Jefferson Moura (PSOL) ter denunciado que o horário de uma reunião de representantes de quatro comissões para dar aval ao plano, realizada na segunda-feira, foi publicado nesta quarta em desacordo com o Regimento da Casa, uma nova publicação foi feita no Diário Oficial desta quinta, com um novo horário.

- Vou me reunir com o presidente da Casa (vereador Jorge Felippe) para pedir explicações sobre o caso. Eu, que sou membro da comissão de orçamento, e o vereador Reimont (PT), presidente da Comissão de Educação, não fomos chamados para participar. E o regimento da Casa diz que a convocação para as reuniões realizadas após às 18h precisam ser publicadas em Diário Oficial com 24 horas de antecedência. Ontem (quarta-feira) saiu a ata da reunião dizendo que ela tinha sido realizada às 18h30m. Após o meu questionamento, o horário foi republicado hoje (quinta), passando para 14h30m - afirmou Jefferson Moura.

O curioso é que durante à tarde de segunda-feira, no novo horário que foi publicado, pelo menos dois vereadores - Professor Uóston e Thiago K. Ribeiro, ambos do PMDB e membros de comissões que assinaram presença na reunião - também participaram de um encontro com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) na própria Câmara.

O parecer das quatro comissões é fundamental para que a votação do plano seja feita nesta quinta, como quer a base do governo. Sem o aval, o projeto de lei não pode ir a plenário. Dezenas de professores já estão nos arredores da Câmara para acompanhar a votação.

Fonte: O Globo