Legado olímpico?: reportagens revelam bastidores de empreiteiras responsáveis por obras para a Rio 2016

No mês de maio, o vereador Marcio Garcia (REDE) questionou a realização de grandes obras no Rio de Janeiro em função dos Jogos Olímpicos, analisando o resultado final das intervenções na condição de legado para o Estado. O parlamentar fez as considerações durante uma visita ao conjunto de favelas da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul. 

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Ele constatou que as obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que receberam recursos federais, continuam paradas e causando graves impactos à comunidade. Anunciadas pelo governo do Estado como investimentos para o Pan de 2007, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, as intervenções já passaram pela responsabilidade de dois consórcios que não conseguiram cumprir os prazos e, por isso, entraram na mira do Ministério Público Estadual, que pede a condenação do Executivo e do grupo Engetécnica Alpha. 

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O fato chamou a atenção após uma reportagem revelar os sócios das empresas que compõem o consórcio Engetécnica Alpha e as doações partidárias feitas pelo grupo ao PT e PMDB nas últimas campanhas eleitorais. As mesmas empreiteiras foram contratadas recentemente sem licitação pela prefeitura do Rio, para finalizar as intervenções no Centro Olímpico de Hipismo e no Velódromo. 

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