O retrato de uma cidade refém da violência
“Estou deitada na cama de um quarto de plantão. Trabalhei por 20h e, mesmo assim, não consigo dormir. Só chorar”. O relato é da médica que trabalha no Hospital Naval Marcílio Dias e fez o atendimento ao soldado da PM Victor Eric Braga Faria, de 26 anos, morto por criminosos na noite do domingo (10/7), no momento que passava em uma viatura da corporação por uma das vias principais do Engenho Novo, na Zona Norte da cidade.
A consternação da médica não é tão forte quanto a dos familiares de Victor e dos outros 60 agentes da Segurança Pública assassinados somente neste ano, mas reflete o sentimento de insegurança e desequilíbrio emocional de uma sociedade refém da violência sem limite. Nesta terça (12), a população do Rio despertou, mais uma vez, com a notícia da morte de um PM e de dois moradores da "Cidade Olímpica" atingidos por balas perdidas.
A consternação da médica não é tão forte quanto a dos familiares de Victor e dos outros 60 agentes da Segurança Pública assassinados somente neste ano, mas reflete o sentimento de insegurança e desequilíbrio emocional de uma sociedade refém da violência sem limite. Nesta terça (12), a população do Rio despertou, mais uma vez, com a notícia da morte de um PM e de dois moradores da "Cidade Olímpica" atingidos por balas perdidas.
O policial militar aposentado Carlos Magno Sacramento foi o 60º agente do setor morto em 2016. O fato aconteceu durante uma tentativa de assalto em um bar na Rua Governador Silveira, no bairro Apolo III, em Itaboraí, na Região Metropolitana. A contabilidade macabra está sendo feita pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e motivando uma série de atos contra o governo do Estado e em defesa da segurança dos agentes.
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No domingo (10) as esposas, familiares e amigos de policiais militares e civis ocuparam a orla do Rio para protestar contra a onda de assassinatos e pedir melhores condições de trabalho para a categoria. Segundo os policiais militares, as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) instaladas nas comunidades estão sem as mínimas condições de higiene e até os armamentos disponíveis para a tropa estão muito aquém da capacidade para enfrentar os últimos confrontos contra os criminosos. Além disso, a corporação atravessa um longo período de grave crise financeira, sem verbas para abastecer as viaturas e manter em dia os salários dos policiais.
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