PM faz cordão de isolamento no entorno da Câmara de Vereadores.

Professores protestam no local e mantêm barracas montadas na lateral do prédio.


Policiais militares fizeram cordão de isolamento no entorno da Câmara de Vereadores, na manhã desta segunda-feira, onde cerca de cem professores das redes estadual e municipal fazem um protestos. No local, é permitido apenas o acesso de funcionários. Os PMs impedem, inclusive, a entrada de jornalistas na Casa. A Rua Alcindo Guanabara está interditada e cerca de cem manifestantes protestam com músicas e cartazes. Um dos painéis diz “Quem tem que ser expulso pela polícia são os políticos”, numa referência à retirada dos manifestantes do legislativo no sábado. O grupo mantém sete barracas montadas na lateral do prédio, dentro do cordão de isolamento. Segundo policiais, quem sai não pode voltar.

Às 14h, vereadores vão receber representantes do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) no auditório da Casa. A única solenidade marcada para esta segunda-feira foi adiada. Seria a entrega da medalha Pedro Ernesto ao delegado José Fagundes de Rezende.

A coordenadora geral do Sepe, Marta Moraes, criticou o fechamento da Câmara Municipal pela Polícia Militar.

— A rua é do povo, o espaço público é da população. O legislativo não pode ser ocupado peça PM. Dois carros da PM já estão lá dentro (da Câmara). É o estado de exceção no município do Rio — disse Marta.

No sábado, o grupo que ocupava o plenário da Câmara foi retirado do local pela polícia. Os professores afirmaram que a PM agiu de forma truculenta durante a reintegração de posse, e ainda usaram armas de choque e balas de borracha contra os manifestantes. Na manhã de domingo, o grupo de professores que ocupava o plenário voltou à porta da sede do Legislativo municipal. Os profissionais pedem participação na elaboração de um plano de cargos e salários para os docentes do município.

Segundo Marta Moraes, a polícia agiu de forma truculenta, na noite de sábado, quando entrou no plenário para retirar os manifestantes. De acordo com ela, além de os agentes não terem apresentado um documento legal com ordem de reintegração de posse, ainda usaram armas de choque e balas de borracha contra os manifestantes. Cerca de 20 professores registraram queixa por agressão na 5ª DP (Lapa). Dois docentes foram detidos e liberados em seguida.

Fonte: O Globo

Um país que trata seus professores dessa forma, não é um país de futuro !!!
 Espero que o bom senso prevaleça e que nossos professores tenham a sua tão sonhada dignidade salarial.