EDUARDO PAES QUER AUMENTAR ÔNIBUS, POPULAÇÃO E TRIBUNAL NÃO QUEREM


O prefeito Eduardo Paes (PMDB) pretende aumentar o valor da passagem dos ônibus logo no início do ano. Ele alega que isso faz parte do contrato, porém tudo indica que encontrará uma série de obstáculos para concretizar o seu intento.
Primeiro, ele terá que enfrentar o descontentamento da população. Hoje inclusive está programado um protesto contra esse aumento, organizado pelo Movimento Passe Livre com concentração na Candelária, Centro do Rio de Janeiro, a partir das 17 horas.
Esse pode ser o primeiro de uma onde de protestos sobre esse tema, o que desgastará ainda mais a sua administração, assim como, a administração Sérgio Cabral, tendo em vista que não existe protesto no Rio que não tenha também um "Fora Cabral".
Além disso, o Tribunal de Contas do Município está aconselhando o prefeito a não aumentar o preço das passagens, como noticia o jornal O Dia:
JORNAL O DIA
Tribunal de Contas do Município (TCM) recomenda ao prefeito Eduardo Paes que não aumente a passagem de ônibus
Em sessão realizada nesta quinta-feira, conselheiros do Tribunal de Contas do Município (TCM) decidiram, por unanimidade, recomendar ao prefeito Eduardo Paes que não aumente a passagem de ônibus. Isto, até que seja concluída, pelo TCM, a análise do relatório da Comissão Especial criada em setembro para auditar o serviço de ônibus na cidade. 
Como o tribunal entrou em recesso, o assunto só deverá voltar a ser discutido na segunda quinzena de janeiro. O TCM é responsável pelo controle externo da prefeitura.
Passagens poderão aumentar em janeiro
Irregularidades
Autor da proposta de adiamento do reajuste, o conselheiro Ivan Moreira frisa, no memorando que acabou aprovado pelo TCM, a existência de “irregularidades e obscurantismo” nessa “mobilidade de serviço público”.
Dificuldades
Ele ressalta que a Comissão Especial — que analisa, entre outros pontos, o preço da passagem — tem enfrentado problemas, entre eles, dificuldade de obtenção de dados junto à prefeitura e às empresas concessionárias do serviço. Diz também que há demora no encaminhamento das informações.
Sem padronização
Segundo Moreira, há falta de homogeneidade de alguns dados e falta de padronização de metodologias de coleta de informação. Isto impossibilitaria a análise de uma série histórica e a comparação “entre diferentes bases de dados”. Reclama também da remessa de “grande volume de documentação não solicitada em contraposição a outras”.
Aprofundamento
No documento, o conselheiro destaca a necessidade do “aprofundamento na questão dos preços das tarifas, na verificação da qualidade do serviço prestado, no cumprimento de metas, encargos e obrigações, previstos no edital e nos contratos”.
Caixa-preta
Em outro trecho, Moreira é direto: “Considero que não é admissível haver caixa-preta, quando se trata de concessão de serviço público.”
Janeiro
O aumento das tarifas está previsto para janeiro".
Foto: O Dia