SOBREVIVENTES DO MORRO DO BUMBA: MEDO DE NOVA TRAGÉDIA



Quem não lembra da tragédia do Morro do Bumba, localizado no município de Niterói, ocorrida em 2010 e que causou a morte de centenas de pessoas devido ao soterramento e que destruiu o patrimônio de inúmeras famílias que perderam absolutamente tudo o que possuíam?
Se não bastasse a dor pela perda de familiares e de amigos e a perda de todo patrimônio, os sobreviventes do Morro do Bumba têm enfrentado uma série de dificuldade ao longo do governo Sérgio Cabral, enquanto aguardam a construção de moradias populares que serão destinadas às famílias.
Diante desse quadro de desespero, o medo voltou a fazer parte da vida dos sobreviventes, considerando que os prédios que estão sendo construídos para atendê-los estão apresentando rachaduras, inclusive dois deles tiveram que ser demolidos.
Cidadão, imagine quanto do dinheiro público foi transformado em pó com a construção e a demolição de dois prédios de cinco andares contendo vários apartamentos.
Quem vai pagar por esse erro?
Isso está sendo investigado?
É um sofrimento que parece não ter fim.
Isso sem falar na convivência forçada com o tráfico de drogas.
Eu apoio a luta dos sobreviventes do Morro do Bumba.
Leia e conheça a volta do medo:
"JORNAL O DIA
19 de dezembro de 2013
Medo de nova tragédia ainda assombra o Morro do Bumba
Prédios erguidos após deslizamento que matou 267 pessoas em 2010 já têm rachaduras
GABRIEL SABÓIA
Rio - Para quem sobreviveu às chuvas e deslizamentos de encostas em Niterói, não basta a dor causada pela perda de parentes ou por ver todo seu patrimônio soterrado. Mesmo depois de reassentados, sobreviventes da tragédia do Morro do Bumba, que matou 267 pessoas em abril de 2010, ainda sofrem os horrores de viver em situação de risco no conjunto habitacional Viçoso Jardim. Inaugurado em janeiro para abrigar 147 famílias vitimadas, o condomínio abriga 600 moradores em 180 apartamentos. Destes, pelo menos 20 já apresentam rachaduras e infiltrações.
Pelas vielas formadas nos espaços entre os nove blocos, espalha-se outro temor dos tempos do morro: o tráfico remanescente no Bumba age livremente, implantando “gatos” de energia e TV a cabo. Nas janelas e fachadas dos prédios, pode-se ver marcas de disparos. “O que fazer?”, lamenta um morador. Embora os engenheiros da Defesa Civil indiquem que as fissuras nas paredes “são fruto da acomodação natural dos imóveis” e não apontem iminência de queda dos edifícios, a rápida deterioração das construções causa outros percalços (Leia mais)". 
Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia