UPPs: ERROS GROSSEIROS DO GOVERNO


(Jornal Extra)

Policiar as comunidades carentes é uma necessidade imperiosa para que o Estado possa recuperar não só o território, mas também os monopólios do uso da força e da justiça, por exemplo.
Ao longo dos anos a Polícia Militar tentou cumprir essa missão, mas em face da carência de efetivos, os postos instalados nas comunidades carentes (Destacamentos de Policiamento Ostensivo e Postos de Policiamento Comunitário) tinham um efetivo reduzido e não tinham condições de se opor ao domínio dos criminosos. 
Uma tentativa de enfrentar esse problema foi o CIPOC implantado na Cidade de Deus, o Centro Integrado de Policiamento Comunitário, que possuía um efetivo maior.
Não é errado afirmar que os Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAEs) seguiram essa tendência de colocar efetivos maiores que os existentes nos DPOs e PPCs para policiar as comunidades. O GPAE do Morro do Cavalão em Niterói foi um grande sucesso, citando um exemplo, onde por mais de três anos não ocorreu nenhum disparo de arma de fogo.
O GPAE do Cavalão foi implantado no comando do Coronel PM Wilton Soares Ribeiro, isso em 2006.
As UPPs são GPAEs com efetivos maiores, seguindo a direção do aumento dos efetivos nas comunidades, mas a forma de implantação é inteiramente equivocada e a cada dia mostra mais defeitos do que virtudes.
Um projeto implantado de forma errada e que consome 10.000 Policiais Militares.
Ninguém quer o fim das UPPs, mas se faz necessário a mudança da gestão da segurança pública.
As UPPs podem dar certo, torço por isso, mas conduzidas por mãos mais competentes.